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Veterinária Sem Dor

Controle da Dor Crônica e Medicina Regenerativa em Cães e Gatos

Educação em dor para tutores

Este tópico é destinado a alterar o conhecimento dos tutores sobre o estado de dor do seu pet e modificar seus conceitos sobre a dor. O processo da educação em dor é realizado durante os nossos atendimentos onde descrevemos, de forma mais lúdica, a neurobiologia e neurofisiologia da dor. 


A dor funciona como uma espécie de sistema de alarme cuja função principal é avisar que o corpo do animal está em risco para que ele tome alguma atitude. A dor é um potente alarme e muito eficiente sistema de proteção do corpo.  “Se o seu animal fosse pisar em um prego, você gostaria que ele fosse avisado? Ao longo do corpo do seu animal, existem uma série de sensores responsáveis por identificar danos físicos, químicos ou térmicos.


É importante entender ainda que dor é diferente de lesão. É comum associarmos ou até mesmo igualarmos a dor com a presença de lesões, no entanto, a presença de dor, ou mesmo a intensidade da dor, não significam ter uma lesão maior ou menor. Se isso fosse verdade, um corte feito com papel na ponta dos nossos dedos não iria doer tanto assim. Assim como falamos dos sensores, é importante compreendermos que também existe uma central de monitoramento, o cérebro. 

O cérebro do animal é capaz de perceber o som, a visão, o cheiro, o tato. Tudo ao mesmo tempo. Contudo, quando o animal está com dor, o cérebro direciona a atenção para ela e esquece das suas demais atribuições. Neste contexto, o cérebro também precisa tomar certas decisões a partir das informações que ele reúne (provenientes da central de monitoramento). O cérebro é uma espécie de gerente de uma empresa. Se uma empresa começa ter um departamento que não está trabalhando direito, o gerente (cérebro) aumentará a vigilância sobre ela. Isso significa, que o cérebro (gerente) irá cobrar mais desse departamento e ficará mais atento a tudo que acontece nela.

Diferentemente do funcionamento na dor aguda, o sistema de alarme pode ficar desregulado em animais com dores crônicas. Isso contribui para o entendimento do porquê do animal sentir tanta dor e por tanto tempo. É comum existir frustrações quando a gente compara o desfecho de animais com lesões semelhantes, como, por exemplo, uma hérnia de disco. Muitos animais se se recuperaram prontamente e outros não têm o mesmo êxito. Imagine um alarme instalado contra invasões em uma residência que agora, está tão sensível, que dispara até quando um amigo toca o interfone.

Esse sistema de alarmes é desregulado, sobretudo, pela convergência de informações que vão se juntando no cérebro à medida que passam por áreas cognitivas, das emoções, das relações (entre animais e animais/pessoas). A presença de outros fatores contribui para deixar o sistema de alarme mais sensível. Por exemplo, respostas emocionais do paciente sofrerão consequências diretas, o animal que possui uma tendência a demonstrar medo, terá estes comportamentos exacerbados.

O cérebro produz "substâncias químicas boas" que tem um efeito calmante sobre o sistema de alarme. Algo semelhante a um bombeiro apagando o incêndio. Em alguns cérebros, existem muitos bombeiros que apagam os incêndios de maneira eficaz. Em outros os bombeiros estão desfalcados, com equipamentos velhos, ou mesmo em greve. Por isso o incêndio pode se alastrar até para outras regiões. Esses bombeiros são recrutados mais facilmente em pacientes com maiores níveis de atividades (física e cognitiva), ambiente enriquecido, e terapia comportamental.

E se eu te falar que o seu animal produz remédios para controlar a dor tão fortes quanto aqueles que eu posso prescrever? É verdade! O corpo do seu animal pode produzir remédios semelhantes aos da farmácia e você pode ajudá-lo a aumentar a produção deles. Essa “farmácia cerebral” pode ser ativada por atividades físicas, retorno gradual as atividades de rotina do animal, enriquecimento ambiental e técnicas de terapias comportamentais. 

Em algumas situações, como os bombeiros não estão conseguindo apagar o fogo de maneira adequada, pode acontecer do corpo se confundir e jogar álcool na fogueira. Esse álcool que contribui para aumentar a fogueira é composto de várias substâncias como ansiedade, medo de se movimentar, sedentarismo, estresse, brigas com outros animais de casa, dentre outros.

Entendido até aqui, o gerenciamento de crises (aumento da intensidade da dor) também é um ponto crítico. Saber que existirão dias em que a intensidade da dor irá aumentar, é fundamental para que você entenda que isso faz parte do quadro da dor crônica e, não necessariamente está associado a progressão da doença. É importante que quando isso aconteça você tenha ciência que existem maneiras de controlar a dor, como, por exemplo, com o uso de medicações de resgate analgésico.

Caso você queira conversar mais sobre a dor do seu pet, teremos um imenso prazer em te receber. 

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